Jogos de azar, são uma nova fonte de arrecadação para lotéricas?

Na quarta-feira passada (18) houve uma audiência pública na Câmara dos Deputados onde a legislação dos jogos de azar no brasil defendeu propostas sobre um novo marco que autorize lotéricas a trabalharem com jogos de azar.

As mais de 10 propostas debatidas nessa audiência tinham como objetivo defender a abertura de várias modalidades de jogos, como Cassinos, bingos eletrônicos e tradicionais e jogos realizados pela internet. O presidente da LEMG – Lotérica dos Estados de Minas Gerais, disse que seria ideal se a União permitisse que o Distrito Federal e os Estados do país explorassem esses jogos, já que iriam reverter em renda extra para as lotéricas.

O jogo do bicho já acontece no Brasil, mesmo ilegalmente, e se for legalizado trará renda para as lotéricas e para o país de modo geral, além disso em meio a essa crise financeira, os jogos iriam gerar mais empregos. Neste sentido, o presidente da LOTERJ- Loteria do Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Ricardo Almeida, acrescentou: “Trata-se de uma modalidade de prognósticos, em que se escolhe um número e se sorteia, como a Mega-Sena. Por estar na ilegalidade, não temos acesso ao volume de vendas; assim, o dinheiro arrecadado não vai para os cofres do governo, não paga imposto e não gera emprego”.

 

Como os jogos de azar iriam afetar as casas lotéricas?

Infelizmente, as lotéricas brasileiras vivem um momento difícil. A inflação, o aumento do dólar, os altos impostos nas contas de energia e de água e o desemprego, fizeram com que os cidadãos ficassem até mesmo com receio de gastar suas economias nas casas lotéricas. Se antigamente a busca por bilhetes premiados era acentuada e uma lotérica conseguia vender 1.000 bilhetes de Mega Sena, por exemplo, hoje esse número foi reduzido.

Isso acontece porque os indivíduos estão pensando duas vezes antes de apostar. Até os mais otimistas, que antigamente acreditavam que a sorte poderia ser uma saída em dias de crise, estão inseguros em realizar apostas.

O interessante seria que os jogos de azar fossem legalizados no país com alguns limites. Além de tirar esses jogos do “submundo” ainda teríamos uma movimentação na economia. Claro que a ideia é autorizar os jogos com legalizações apropriadas para que o país não se transforme no “país das jogatinas”, mas é preciso analisar o lado positivo que isso pode trazer.

 

Lotéricos pedem autonomia

Outro ponto destacado na audiência pública da quarta feira foi o pedido de autonomia pelos lotéricos, a alegação foi de que as lotéricas dos Estados e do Distrito Federal precisam de mais liberdade e deveriam ter uma legislação para trabalhar legalmente em todo o Brasil. A proposta foi de que a Caixa continuasse sendo um Órgão estruturante das lotéricas em projetos nacionais, mas que em outras questões os lotéricos tivessem liberdade para atuar livremente.

 

Os papéis de uma casa lotérica

Além de ser uma prestadora de serviços bancários e de vender loterias, as casas lotéricas possuem um papel social no Brasil.

Outro ponto importante é que as lotéricas podem ser usadas para auxiliar na recuperação de cidades e Estados que sofreram desastres naturais. Por isso, as lotéricas deveriam ter autonomia para criar novos produtos que pudessem influenciar positivamente nesses projetos sociais.

 

 

 

Neimar Mariano de Arruda é Lotérico e Fundador da DouraSoft,
Administrador de Empresas, Consultor em Gestão Empresarial e
Especialista em Governança de Tecnologia da Informação
(67) 9.9698-3422

 

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