Em entrevista à Folha de S.Paulo sobre Minha Casa, o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães afirmou que aprendeu ao assumir o banco “que lotéricas e correspondentes bancários são parte essencial do negócio”. Ainda segundo o dirigente, as unidades não geravam negócios porque as 12 vice-presidências não se falavam.
Segundo a reportagem, de perfil arrojado, forjado na iniciativa privada, e muito alinhado com o ideário do ministro Paulo Guedes (Economia), Guimarães prepara uma agressiva venda de ativos da Caixa. Ao mesmo tempo, defende o papel do banco como financiador de investimentos públicos e políticas de governo. Em quatro meses, o executivo lançou um cartão de crédito consignado, que deverá atender inicialmente funcionários públicos e aposentados. A meta é chegar a 20 milhões de usuários.
Como é a Caixa que o sr. presidente encontrou?
O que aprendi até aqui é que lotéricas e correspondentes bancários são parte essencial do negócio, mas não geram receita porque as 12 vice-presidências não se falavam. Eram unidades isoladas.
Isso mudou, presidente?
Em dois meses lançamos o cartão de crédito consignado. Juntamos vice-presidências, e o produto saiu. O plano é chegar a 20 milhões de cartões em quatro anos. Mas, se a gente não chegar a 10 milhões, será um fracasso.
Somos um banco social e temos de ganhar dinheiro com isso. Era inaceitável que não tivéssemos foco na linha de crédito pessoal mais barata que não fosse o microcrédito. A pessoa mais carente, que mais precisa, passa a tomar empréstimo a 2,85% ao mês por cinco anos.
Nas regiões Norte e Nordeste, onde as distâncias são enormes, levando as pessoas a demorar três meses para sacar o Bolsa Família, o cartão vai permitir que não seja necessário ir à agência, pois funcionará como débito e crédito na padaria, na lotérica.
Fonte: BNE