Loterias: sugestão da Caixa Econômica para privatização
Sobre Loterias, Nelson Antônio de Souza, atual presidente da Caixa Econômica Federal, encaminhou à equipe de transição do governo Bolsonaro um relatório onde aponta a venda de participações em 5 subsidiárias da instituição que preside, que pode render pelo menos R$ 60 bilhões até 2022, inclusive tributos.
A proposta que, segundo Souza, ainda é um cálculo conservador, leva em consideração o repasse de parte da Caixa Seguridade, Caixa Cartões, Caixa Loterias, Caixa Banco Digital e Caixa Gestão de Recursos para a iniciativa privada.
O relatório estabelece um cenário muito positivo para a instituição financeira, que está projetando contribuir com R$ 800 bilhões para a economia nacional, considerando todas as operações praticadas e a venda de ativos.
Este ano, a Caixa almeja um lucro líquido de R$ 15 bilhões, recorde, e planeja investir R$ 343 bilhões em habitação de 2019 a 2022, beneficiando 2,6 milhões de famílias e gerando 6,9 milhões de empregos.
A Caixa ainda trabalha com uma projeção de repasse da arrecadação das loterias, de R$ 16 bilhões para o saneamento básico, além de R$ 20 bilhões para a infraestrutura nesse mesmo período.
Medidas para governança e eficiência de loterias
Primeiramente, o presidente da Caixa Econômica destacou melhorias na governança e eficiência. Essas medidas ajudaram a atender às exigências de capital de Basileia III.
Em seguida, a monetização de ativos das loterias, como a venda de participação em empresas, deve continuar sob Pedro Guimarães. Isso está de acordo com o plano de privatização de Paulo Guedes.
Além disso, a criação de empresas para privatização está alinhada com o programa do novo governo. Paralelamente, Souza planeja uma concorrência para escolher um parceiro na Caixa Seguridade.
O leilão da Loteria Instantânea Exclusiva, a ‘raspadinha,’ ocorrerá em 5 de fevereiro de 2019.
Ademais, a Caixa Econômica planeja criar novas empresas, como microcrédito e transferência de ativos, para futura negociação com a iniciativa privada.
POR FIM
A Caixa Econômica poderia transferir seus 46 mil imóveis retomados para limpar seu balanço, liberando espaço para mais crédito.
Fonte: GMB / Valor