Como fica o setor de jogos em 2018?
Um novo ano está começando e a principal pergunta que o setor de jogos enfrenta é: “Quando a atividade será regulamentada para reforçar o caixa do governo, gerar empregos e sair da clandestinidade?” uma coisa é clara: o jogo existe por todos os cantos do Brasil e o que falta é a sociedade se beneficiar, como acontece em todos os países onde o jogo é encarado como uma atividade econômica séria.
O que o setor pode agregar ao país?
O que ainda falta ao Brasil é a coragem de enfrentar os tabus e trazer para a legalidade um rol de atividades que pode gerar mais de R$ 30 bilhões aos cofres públicos, investimentos em segurança e, para dar garantias de bom funcionamento ao setor, investimentos também em infraestrutura e transporte, para garantir acesso a todos os que se dirigirem para as localidades onde serão implantados resorts integrados com cassinos.
Virão também mais investimentos em tecnologia, para dar mais transparência ao setor, e muitas empresas serão abertas para atender à demanda por produtos e serviços para as diversas modalidades de apostas.
O que mudou as opiniões dos parlamentares?
Ao longo de 2017 vimos as discussões se aprofundarem, tanto no Parlamento quanto nos diversos eventos que aconteceram em todo o mundo e que colocaram o Brasil no centro das atenções, assim como no Brazilian Gaming Congress, que debateu à exaustão a atividade, e as visitas de grandes empresários do setor de jogos ao país para mostrar às autoridades os benefícios do setor regulamentado e a disposição que têm de investir pesado com a aprovação de uma lei.
O mais importante é que os dois projetos em discussão no Congresso Nacional amadureceram a opinião dos parlamentares a respeito da seriedade do setor e visão que eles passaram a ter de que a atividade bem regulada poderá trazer riqueza ao país.
É preciso se manter unido, mostrando os benefícios dos jogos
Está muito claro que o Brasil precisa rediscutir uma série de questões para que a economia entre nos trilhos, como a reforma da Previdência. Deputados e senadores olham para as pautas do Congresso Nacional sempre com um olho nas eleições que acontecerão neste ano, o que pode deixar alguns deles com um pé atrás para defender abertamente a aprovação de uma lei para o setor de jogos.
Sendo assim
Por esta razão, é importante que o setor esteja unido para reforçar perante a sociedade os benefícios da atividade para que os parlamentares se sintam mais à vontade para dizer sim no momento de votação em Plenário.
O tema já esta em pauta
Tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado. O PL 442/91 foi aprovado pela comissão de jogos da Câmara e aguarda apenas ser pautado para votação em Plenário, já que existe um requerimento de urgência para o projeto.
Nas últimas sessões da Casa, esperava-se que o presidente, deputado Rodrigo Maia, incluísse o pedido na pauta, mas isso acabou não acontecendo em função do aperto na agenda e também pela movimentação de Maia no sentido de buscar mais apoios para a aprovação da reforma da Previdência.
No Senado, o PLS 186/14, do senador Ciro Nogueira, já foi relatado pelo senador Benedito de Lira na Comissão de Constituição e Justiça, tendo sido dada vista coletiva e espera-se que no início de fevereiro seja votado na CCJ e em seguida enviado para Plenário.
Assim
Em março o Senado Federal poderá aprovar o projeto do senador Ciro Nogueira e se isso ocorrer antes da votação do projeto da Câmara, ele será encaminhado à Câmara Federal, onde o PL 442/91 terá de ser apensado como emenda. Caso o projeto da Câmara seja votado primeiro, a ordem se inverte e o PLS 186/14 é que será apensado como emenda.
É apenas uma questão de tempo
O jogo está na mesa. Resta saber quem terá a melhor mão para conseguir a aprovação primeiro para que o projeto final tenha a decisão final do Congresso Nacional e siga para sanção presidencial.
Por fim
Espera-se que até abril a cartada final tenha sido dada, o que poderia garantir a abertura de diversos bingos no Brasil ainda no primeiro semestre deste ano e resorts integrados de cassinos dentro de cerca de dois anos, já que envolvem investimentos bilionários e outras demandas.
Fonte:
Games Magazine Brasil, revista do setor de jogos.