O assunto sobre a legalização dos jogos de azar no Brasil não é novo, e reúne tanto defensores quanto opositores. Os apoiadores dessa causa receberam boas notícias ao acompanhar o noticiário da Folha de São Paulo neste final de semana, pois ele confirma os avanços do marco regulatório dos jogos.
A informação que se destacou foi uma entrevista dada pelo deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ, que defendeu pela primeira vez a legalização dos jogos no Brasil.
Folha de são Paulo entrevista do deputado sobre legalização de jogos de azar
O entrevistador foi Bernardo Mello Franco que que obteve várias informações do deputado Maia, uma delas foi que ele pretende frear a pauta conservadora que marcou a gestão de Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Disse que evitará que projetos que “radicalizem o ambiente” gerando confrontos com o plenário sejam aprovados.
Entre outros comentários, durante a entrevista Maia falou sobre a legalização dos jogos. Veja a seguir um trecho retirado da Folha de São Paulo sobre este assunto:
“Entrevistador: O Planalto quer liberar os jogos. O que pensa disso?
Rodrigo Maia: Sou a favor do projeto que libera resorts com cassinos e prevê investimentos na rede hoteleira. Liberar apenas os bingos não resolve, é necessário discutir o tema de forma ampla. Hoje temos 8.000 máquinas ilegais.
Entrevistador: A liberação dos cassinos pode ser aprovada neste ano?
Rodrigo Maia: Se caminhar na linha de um projeto sério, sim.
Entrevistador: O Ministério Público afirma que a legalização do jogo pode favorecer a lavagem de dinheiro do crime. Como evitar isso?
Rodrigo Maia: Criando uma agência com estrutura para fiscalização on-line. Nos EUA, o sistema de controle é muito rígido. No Brasil, há muito dinheiro e nenhuma fiscalização. ”
Fonte da entrevista: Folha de São Paulo.
Duelo de argumentos sobre a legalização dos jogos de azar
Como vimos, há quem seja a favor da legalização dos jogos de azar, dizendo que eles trarão mais transparência e mais arrecadação para o país. Por outro lado, algumas pessoas afirmam que os casinos e locais de jogos de azar podem servir para lavagem de dinheiro e estimular vícios.
Um dos órgãos que é contra a legalização dos jogos é o MPF – Ministério Público Federal. Sobre isso, diz o seguinte: “A experiência do MPF é muito negativa na atuação contra essas organizações criminosas que exploram os jogos de azar hoje no Brasil”, afirmou o procurador da República Peterson de Paula, secretário de Relações Institucionais do MPF. A visão da PGR é que a legalização de outras modalidades de jogos não permitiria o ingresso de outros atores nessa atividade. “Os jogos criarão mais dificuldades para atuação do poder público, continuarão a praticar crimes e terão mais desenvoltura nesse trabalho”.
Por outro lado, há entidades que defendem a legalização, como o Instituto Brasileiro Jogo Legal. Segundo dados, os jogos legalizados movimentam cerca de 14 bilhões de reais, enquanto os ilegais atingem aproximadamente 20 bilhões de reais. O IBJ defende que o Congresso deve aprovar leis para regulamentar e melhorar esses jogos clandestinos, gerando lucros regulares para o país.
Fonte: www.bnldata.com.br