A reforma trabalhista trouxe uma grande alteração às regras que estavam estabelecidas, principalmente no que se refere à negociação entre patrões e empregados. Com a mudança, o sindicato pode não ter qualquer participação, gerando uma nova visão do trabalho e das relações trabalhistas.
Veja que
Para os sindicatos, é um momento para conscientizar os associados, uma vez que as relações entre capital e trabalho envolvem diversas questões para ordenar o relacionamento entre trabalhadores e empregadores.
A principal função da negociação é regulamentar o trabalho e administrar os conflitos que normalmente acontecem no encontro entre as duas forças. Contudo, não se pode falar da relação entre empregador e empregado sem falar da participação do Estado, que, através da legislação e da Justiça, sempre adota uma postura de intervenção
Nova visão do trabalho: o sindicato não é mais o único agente transformador
No entanto, ao mesmo tempo em que não existe mais a obrigatoriedade do sindicato para tratar de assuntos relativos à negociação coletiva, trata-se de uma instituição que pode se conectar ao movimento dos trabalhadores através de necessidades sociais e políticas.
Assim, por exemplo, a defesa do trabalho e da vida, da sobrevivência do trabalhador empregado e de sua família e do trabalhador desempregado ou excluído. O sindicato tem agora o papel de liderar a defesa pela vida em todas as suas etapas.
Com as mudanças, os sindicatos e movimentos operários devem estar presentes na vida do associado ou do trabalhador não associado, mantendo sua linha de frente, mantendo como objetivo gerar uma relação entre o capital e o trabalho que possa administrar os conflitos existentes, ao mesmo tempo em que deve lugar pela manutenção do capital para não baixar a produtividade ou engessar o crescimento do mercado de trabalho.
Dessa forma
Os sindicatos podem e devem, após a reforma trabalhista, trabalhar através de cursos e eventos que possam esclarecer melhor os trabalhadores, principalmente aqueles que estão envolvidos em empresas que estão mais propensas a negociar diretamente com a comissão de empregados.
É importante, no entanto, diante da nova visão do trabalho e da reforma trabalhista em vigor, que se criem mecanismos de administração de possíveis conflitos sem tentar sua repressão ou sua supressão.
Sendo assim
A comissão de trabalhadores, nesse caso, deve ser representativa, sabendo negociar com responsabilidade e sem qualquer tipo de demonstração desnecessária de força. Somente essa forma, o sindicato poderá garantir sua representatividade junto aos trabalhadores que estão associados, ao mesmo tempo em que poderá, através dessa atitude, trazer novos associados ao seu quadro.
Nova visão do trabalho: o sindicato se fazendo mais presente
Adotando essa postura, o sindicato se permite até a criação de um espaço representativo dos próprios trabalhadores em nível de empresa, onde poderão negociar temas específicos para cada uma delas e não apenas as decisões que possam afetar diretamente a relação de trabalho.
O sindicato, dessa forma, irá atuar em favor do resultado de cada empresa e, com isso, criar um ambiente de colaboração entre as empresas e os trabalhadores, melhorando não apenas as condições de trabalho, mas também a remuneração de cada trabalhador.
Assim, a negociação direta entre patrões e empregados pode ser feita com total apoio do sindicato, que pode ajudar no processo de superação de divergências, estabelecendo uma ponte entre o trabalhador e o empresário e favorecendo ambas as partes.
Por fim
Com sua atuação, o sindicato conseguirá êxito não apenas para melhorar seus recursos financeiros, mas também para oferecer mais aos seus associados, cumprindo com um objetivo mais coerente com a nova visão do trabalho e alcançando melhores condições para seus associados. E, certamente, conseguindo também novos associados para o seu quadro, mantendo sua sustentabilidade e sua presença marcante na categoria que representa.