Na próxima sexta-feira (10), mais de 4,8 milhões de trabalhadores que têm contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e se enquadram nas regras definidas pelo governo poderão sacar o valor depositados nessas contas. Segundo a Caixa Econômica Federal, mais de 30,2 milhões de trabalhadores têm direito ao saque do saldo das contas inativas do FGTS.
De acordo com o cronograma definido pelo banco, os trabalhadores com contas inativas do FGTS e que fazem aniversário nos meses de janeiro e fevereiro poderão efetuar o saque entre os dias 10 de março e 7 de abril. Esse primeiro lote compreenderá 16% do total de pessoas com direito a fazer a retirada. Ao todo, o saldo das contas inativas é de R$ 43,6 bilhões.
Sendo assim
O trabalhador que perder o prazo só poderá sacar o valor das contas inativas quando se aposentar, comprar moradia própria ou se enquadrar nas outras possibilidade de saque previstas nas regras do fundo, entre elas, ser morador de região afetada por catástrofe natural.
Podem sacar o saldo das contas inativas do FGTS os trabalhadores com carteira assinada que, em um ou mais contratos de trabalho, pediram demissão ou foram demitidos por justa causa com o contrato finalizado até 31 de dezembro de 2015.
Calendário da Caixa
Conforme o calendário de saque definido pela Caixa Econômica Federal, o mês de abril terá o maior volume de pagamentos, com a possibilidade de saque para os trabalhadores que fazem aniversário nos meses de março, abril e maio. Ao todo, 26% dos trabalhadores terão o direito de retirar o montante entre os dias 10 de abril e 11 de maio.
Entre 12 de maio e 14 de junho, os cotistas que fazem aniversário nos meses de junho, julho e agosto poderão sacar o valor das contas inativas. Segundo a Caixa, o período compreende 25% das pessoas com direito ao benefícios.
Esse é o mesmo percentual dos que poderão efetuar o saque das contas inativas entre os dias 16 de junho e 13 de julho, período destinado para os trabalhadores que fazem aniversário em setembro, outubro e novembro.
De 14 a 31 de julho, poderão fazer o saque os trabalhadores aniversariantes no mês de dezembro, que representam 8% do total.
Trabalhadores que morreram
Filhos, cônjuges e dependentes de trabalhadores que já morreram também poderão sacar os recursos em contas inativas do FGTS. Além disso, as regras para essas pessoas não mudaram. Para ter acesso aos valores, no entanto, é necessária a apresentação da carteira de trabalho do titular da conta, além da identidade do sacador.
De acordo com as regras do FGTS, caso a família não tenha um inventário deixado pelo ente falecido indicando a divisão de bens, é preciso ir até o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e solicitar a emissão de uma declaração de dependência econômica e da inexistência de dependentes preferenciais.
Também é necessário apresentar a identidade e o CPF dos filhos do trabalhador que forem menores de idade. Sendo assim, nesse caso, os recursos serão partilhados e depositados na caderneta de poupança desses dependentes, que só poderão acessá-la após completarem 18 anos.
Saque por meio de crédito em conta corrente ou poupança
A Caixa Econômica Federal alerta que os trabalhadores evitem a retirada de valores expressivos nos canais de atendimento. A estimativa é de que mais de 30 milhões de brasileiros estejam habilitados a retirar recursos das contas inativas a partir do dia 10 de março.
O correntista da Caixa poderá transferir o valor que preferir para sua conta corrente ou poupança. Já o trabalhador que não possuir uma conta na Caixa terá a opção de transferir o valor para outra instituição financeira – a operação não será cobrada – ou, até mesmo, criar uma conta na Caixa no ato do saque.
Segundo o superintendente nacional da Caixa, Henrique José Santana, o trabalhador terá total liberdade para escolher o modelo de saque dos recursos. Por isso, o importante é evitar sair da agência bancária com valores altos, reforçou: “Para os valores maiores, em que ele [trabalhador] vai fazer um saque mais expressivo, a Caixa sempre recomenda que ele possa optar por fazer o saque através de um crédito em conta corrente ou poupança”, aponta o superintendente, em entrevista ao Portal Brasil.
“Dessa forma, ele vai fazer um saque seguro porque não irá sair com valores expressivos da agência bancária”, alerta.
Fonte: EBC/Portal Brasil